terça-feira, 25 de maio de 2010
Um quadro no quarto
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Balanço da semana
Essa semana fui ao shopping ver Alice, que por sinal tem um figurino lindo, de enlouquecer. Quando saí do cinema, em nenhum momento sofri ao olhar uma vitrine, e quando fui embora me senti realizada. O que me deu forças para que eu me sentisse assim? Foi ter criado esse blog: ele realmente me deu um horizonte, não só para provar a mim que consigo, mas porque a cada dia me descubro nele de uma forma diferente.
Não esperava ter uma resposta tão positiva das pessoas que estão lendo. Algumas postam seus comentários, mas muitas vêm por MSN, email, facebook ou até pessoalmente parabenizar a minha iniciativa. Isso me realiza, é muito bom saber que algo que eu, Victória, produzo tem relevância para as pessoas. A gratificação que tenho agora nenhuma roupa poderia proporcionar e isso realmente não tem preço, não mesmo. Com isso, ou por isso, começo a entender melhor, só um pouquinho melhor, o bom de encontrar a satisfação em você e não naquilo que você deseja. Pode parecer até meio batido esse tipo de reflexão, mas nesse momento é muito sincero. E isso faz toda diferença.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
verdade
Outro dia estava vendo um filme tipo B e tinha um alcoólatra que tentava se curar do vício; para isso, um dos passos era pedir desculpas às pessoas a quem havia feito mal. Daí refleti, me inspirei no filme, respirei fundo e fui conversar com o Bruno: precisava contar a ele que desde que moramos juntos compro umas roupinhas escondidas. Que por diversas vezes escondi uma sacolinha dentro da bolsa, no banco de trás do carro, no porta-malas, ou às vezes até fazia uma entrada rápida e rasteira em casa para esconder a prova do crime. Enfim, fiz mil artimanhas das quais não me orgulho nem um pouco.
terça-feira, 11 de maio de 2010
Opinião de amiga
Falando muito rápido você diz:
- Gurias, tive uma superideia: percebi que estou fazendo tudo errado, preciso parar com esse consumismo por roupa; então decidi fazer uma promessa e ficar um ano sem comprar nada! Mas para isso dar certo preciso de testemunhas, então decidi narrar toda essa jornada num blog.
O que você espera? Uma reação sincera:
- Ai Vicky, olha pra ti (to olhando), tu acha mesmo que tu consegues ficar um ano sem comprar roupa? (Tá, na verdade não esperava tanta sinceridade assim.)
- Acho, acho sim, acho mesmo, acho muito. Na verdade não acho, tenho certeza.
Bom, mas o melhor é que amiga que é amiga tem liberdade de falar o que pensa e eu fico muito feliz que as minhas tenham essa liberdade. E não acho que elas não acreditam em mim, mas querem saber até onde estou comprometida. Fazem o papel de advogadas do diabo e eu agradeço muito.
Acabo me convencendo a cada momento que a ideia é boa e vou criando mais vontade de me superar, de superar as expectativas, não pelos outros, mas para provar a mim mesma que consigo fazer qualquer coisa que eu me proponha. Sei que ainda é muito cedo para falar nisso, afinal estou só há dois dias sem comprar roupa. No domingo, fui no shopping fazer as compras de despedida com a minha amiga Tita e comprei duas blusas, um blusão, uma saia e um sapato. Nada que eu precisasse, é claro, mas era despedida né?!
segunda-feira, 10 de maio de 2010
O Desafio

Moro com o Bruno, meu namorado, que ao contrário de mim não esta nem aí para o que usa, gosta das camisetas mais velhas e desbotadas que você pode imaginar e, mesmo eu colocando algumas bem feias lá no fundo do armário, bem escondidinhas, ele sempre dá um jeito de encontrar. Ele odeia comprar roupa. Deve ser por isso que foi perdendo espaço do seu guarda-roupa, e eu ocupei 3 das 6 portas que ele tem no armário. Bom, até aí tudo bem normal, se eu já não tivesse o meu próprio armário todo ocupado, além de uma arara de vestidos jogada no meio do quarto e mais um closet cheinho de roupa. Nossa, colocando em números sou obrigada a concordar com ele, eu tenho muita roupa mesmo. É por esse motivo que decidi entrar nessa abstinência e provar que eu não sou viciada em compras. Ainda.
O fato decisivo para esse desafio foi uma reportagem no Jornal Hoje, em que me encaixo perfeitamente no perfil das pessoas compulsivas por compras. Vi que existem até grupos de ajuda para essas pessoas. Graças a Deus, no meu caso, eu ainda tenho um pouco de autocontrole (lê-se: um cartão de crédito com limite baixo). Para garantir que consigo ficar 365 dias sem fazer nenhuma comprinha, resolvi fazer uma promessa muito importante, para não ter perigo de cair em tentação. A promessa eu vou contar ao final dos benditos 365 dias.
Também coloquei no papel uma média do que gasto com roupa por mês vs. o meu salário, e entendi perfeitamente por que eu sempre estou reclamando que não tenho dinheiro. Descobri que mesmo me achando uma ótima administradora, administrei muito mal o meu dinheiro. Vou dar um exemplo: eu sonho em ir para Paris, eu poderia ter feito essa viagem, na verdade poderia ter feito várias viagens, ou talvez economizado, ou ainda gasto mais com a minha casa e por aí vai, mas resolvi gastar tudo no shopping. Okei, okei, okei, também não adianta ficar chorando pela pitanga derramada, o que importa é daqui para frente. E depois disso, em um ano eu posso estar curada ou, no mínimo, um pouquinho mais controlada.
Decidi então compartilhar essa experiência com todas as pessoas que se identifiquem, ou não, que talvez fiquem curiosas ou achem pelo menos engraçado.
Dou a minha palavra que serei sincera e honesta com todos que aqui me lêem.