
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Sobrando

terça-feira, 24 de agosto de 2010
Livros

Eu quase morri de tanto rir, fiquei pensando em quem compra um livro com o título “Seu príncipe pode ser uma cinderela”. Imagina o desespero da pessoa?! E por que ler um livro para saber se ele é uma cinderela? Não é muito mais fácil encarar o problema e partir para a conversa? Outro título: “Por que algumas mulheres se casam e outras não?” Esse particularmente me irrita, porque me parece aquele estilo de livro que busca um estereótipo de “a mulher que consegue homem”, encorajando a infeliz que está lendo a seguir um padrão de comportamento para ser merecedora de um homem. Um outro que deve ir na mesma onda é “Por que os homens se casam com as manipuladoras?”. É aquele tipo de conselho barato que você ouve das pessoas como “você deve ser uma santa na mesa e uma puta na cama”. A vontade que me dá de dizer para a criatura que lê um livro desses é “minha filha: seja você mesma, confie em você, se valorize e seja feliz independente de ter um homem do seu lado”.
Temos a mania de achar que para cada coisa existe uma fórmula. Busca-se uma solução rápida e certeira, mas do meu ponto de vista me limito a dizer: não existe fórmula. Você conhece uma pessoa e às vezes as coisas acontecem, outras não. Não se martirize, não é sua culpa (bom, talvez seja, mas aí provavelmente não era a pessoa certa). Tem homem para tudo que é tipo de mulher e mulher para tudo que é tipo de homem. Basta saber se a loucura de vocês combina.
Não estou querendo dizer que livros de auto-ajuda são umas porcarias, embora alguns sejam mesmo. Existem títulos bem legais, mas o que quero dizer é que às vezes ficamos procurando tantas verdades que nos esquecemos que a melhor solução para as coisas darem certo está no fato de sermos naturais. Fiquei muito tempo saindo com os caras e fazendo tipinhos, joguinhos. Quando conheci o Bruno, mostrei exatamente quem eu era: mostrei que tinha um chulé horrível quando usava Melissa, que morro de preguiça de usar fio dental, que tenho mil manias de gente velha, que falo com uma voz de retardada com a minha cachorra e que às vezes sou muito mal-humorada. Mostrei quem eu era e o que eu queria daquela relação. Foi aí que pela primeira vez as coisas realmente deram certo.
Claro que buscar a resposta em nós mesmo é sempre mais difícil. Eu mesmo , adoro uma formula milagrosa, mas hoje em dia sei que o melhor caminho é quando olho para dentro e tento me encontrar. Apesar de ser muito mais doloroso, quando colho os frutos estes são sempre mais saborosos, por que nenhum livro nesse mundo vai saber o que é melhor para mim além de eu mesma.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Dicas

Para quem não quer ficar com um guarda-roupa como o meu, e consegue praticar o desapego melhor que eu, segue algumas dicas legais:
- Faça uma faxina periódica no seu guarda-roupa! O ideal é que seja feita de dois em dois meses, para que você reveja e relembre de peças que podem ser aproveitadas para renovar o look ou então para doar a alguém que precise. (Na verdade de dois em dois meses é exagero né?! )
- Sempre que comprar uma peça nova, tenha o compromisso de tirar uma antiga do guarda-roupa. Assim haverá sempre um rodízio e necessidade de atualizar o seu vestuário sem culpa; (Tudo bem, mas agora me diga: vale comprar uma blusa nova e tirar um pé de meia furada?)
- Os sapatos também passam por esse processo! Vá fundo no armário para relembrar aqueles pares que você já não faz mais idéia que existem e, aproveite para verificar se alguns deles estão precisando de uma visita até o sapateiro antes de doá-los; (Dica: Não jogue muitos sapatos fora de uma vez, por que ai você terá mais espaço e logo achará que esta precisando de uns novos)
- Faça uma lista do que você está verdadeiramente precisando, e estipule esses itens como “prioridades”, acima de qualquer outra peça. (isso é um ótimo conselho racional, mas a gente sabe que no fundo quem manda é o emocional. Se você esta em uma loja e se apaixona por uma peça tu convence até o papa que precisa dela)
- Invista mais dinheiro em peças-chave, que são de extrema relevância para o dia a dia e tem durabilidade, como uma calça jeans, um casaco preto e um scarpin básico. Estes itens, além de fáceis de serem combinados em qualquer look, podem ser compostos com uma diversidade imensa de assessórios e ornamentos que fazem toda a diferença. Já o que for “modismo” não deve tomar muito do seu bolso, por isso, analise muito bem o custo x benefício de cada peça, levando em consideração exatamente na respectiva ordem e relevância: o seu dinheiro, a sua necessidade e o seu gosto! (Isso é uma dica para a vida toda)
quarta-feira, 11 de agosto de 2010

sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Um dia de compras

Fiquei impressionada com lojas como Renner e C&A, que estão com umas peças mais elaboradas e modernas. Acabei entrando também na Hering e, como nas últimas vezes, fiquei surpresa com a evolução da marca em termos de estilo, hoje muito além do básico, buscando design com conforto. Foi lá que encontrei umas saias muito bonitas de cintura alta que vão até o joelho (sem parecer uma Maria mijona). Depois, passei na Zara e descobri umas camisas lindas com um corte bem acabado, num bordô exatamente no tom da cor oficial da agência. Dei mais umas voltinhas mas não arrisquei comprar porque, embora eu tenha experimentado tudo (claro que não ia perder a oportunidade), a roupa muda de corpo para corpo.
No dia seguinte fui com a Taniele ao shopping e é claro que tudo que eu havia gostado ficou ótimo nela. Fomos primeiro na Hering e saímos de lá com duas saias muito alinhadas. Depois, Renner, mas não tinha nada muito atrativo. Então passamos na Zara e lá o rombo foi um pouco maior: 4 camisas e uma calça. Por fim, passamos na Arezzo e compramos um sapato pois, embora algumas pessoas possam achar um exagero comprar sapato para uma recepcionista, eu sei que ele diz muito sobre uma pessoa. E um sapato feio colocaria a minha produção e reputação por água abaixo.
Enfim, saímos do shopping: eu feliz com a sensação de tarefa cumprida e a Taniele felicíssima com as suas novas aquisições. Ganhei elogios do tipo “nossa! você é ótima para fazer compras” (quase respondi “tu nem imagina quanto”) e “você tem muito bom gosto” (isso é a mesma coisa que dizer para uma anoréxica que ela está pele e osso). Adorei a massagem no ego.
Porém, quando cheguei na agência me bateu um sentimento de culpa, tão recorrente em mim. Senti-me mal por ter de repente gastado demais, um dinheiro que ainda por cima não era nem meu. Daí, quando fiz as contas e vi que tinha comprado R$ 580,00 em roupa para a Tani, me senti muito mal. Na verdade, fiquei apavorada! Aos poucos, fui me acalmando e me lembrando que tudo que eu comprei era de bom gosto e tinha qualidade, e que provavelmente duraria mais que a recepcionista. E nem era tanto assim para a quantidade de roupa que eu havia comprado. Se meu chefe queria algo diferente teria que arcar com isso, não é? Depois de respirar fundo e me encher de argumentos que justificavam aquele gasto, fui falar com ele.
- E ai Victoria, comprou as roupas?
Respondi sem titubear: "Sim, são lindas". Fui explicando o que havia comprado a as combinações que as peças fariam e ele, sem entender muito o que eu estava falando, me interrompeu e perguntou:
- Gastou muito?
Tremi quase como vara verde, parecia que eu tinha 17 anos e estava respondendo essa pergunta à minha mãe depois de ela me emprestar o seu cartão para comprar um sapato. Respondi: "Ah, na faixa de uns 500". Notem, arredondei para baixo, um ato fallho também já recorrente.
Ele me olhou com uma cara de apavorado pensando onde essa louca comprou as roupas. E eu, já pensando em toda a explicação de que aquele valor não era nenhum absurdo, apenas respondi:
- Eu tenho bom gosto, mas nunca disse que era boa em economizar.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Contradição

Outro dia conversando no MSN com a amiga:
Vica diz:
Ficar sem comprar roupa é monótono.
Vicky diz:
Não é não, é um turbilhão de emoções.
Como assim, ficar sem comprar roupa é monótono? Eu sei que vai parecer muito fútil, mas Oiiii?! Alguém sabe o que eu to passando?
Tem dias que acordo e me acho a pessoa mais forte do mundo, fico filosofando com as coitadas das minhas amigas sobre o consumismo e penso que estou aprendendo que quantidade não significa nada. É basicamente nesses dias que fico totalmente desapegada das roupas que tenho e quero me desfazer de metade do meu guarda-roupa. Num impulso desses outro dia tirei 9 calças jeans e tratei de dar logo, antes que o sentimento passasse e eu as colocasse de volta. Fico pensando que está sendo muito fácil e até topo ir fazer compras com algumas amigas só para dar uma consultoria de moda.
Mas há os outros dias, como hoje, que são terríveis. O shopping, que sempre foi um lugar de carregar as baterias, comprar umas coisas e sair mais feliz, virou um amigo traidor que me apunhalou pelas costas. O final das estações vira realmente uma tortura. Fico olhando aqueles tapumes nas vitrines das lojas, sobreposto por aquele palavrão escrito em letras garrafais: LIQUIDAÇÃO! Me dá até arrepio! A liquidação funciona assim na cabeça de um consumista: “se não comprar agora, nunca mais vou ter a oportunidade de comprar uma bota de ski por esse preço, e quem sabe ter uma bota de ski não seja uma ótima oportunidade de aprender a esquiar?” Entenderam? Não? Não faz muito sentido mesmo. Por isso prometi ir ao shopping só depois que passar todos esses saldões, porque senão vira um ato masoquista, sinto como se estivesse me chicoteando, me torturando, ou algo parecido.
Ficar sem comprar roupas é assim, cheio de altos e baixos, cheio de sentimentos variados e contraditórios. Isso pra mim não tem nada de monótono. Monótona era a minha rotina de compras:
- Entra na loja, sente uma euforia, prova tudo, quer levar tudo e fica a melhor amiga da vendedora;
- Efetua a compra, não levando tudo que queria mas muito mais do que devia. Sai feliz;
- Chega em casa, se sente culpada, esconde a compra e jura que nunca mais vai fazer isso;
- Entra na loja, sente uma euforia... e assim vai.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Adorei

...Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: 'Estou apenas fazendo um passeio socrático.'
Diante de seus olhares espantados, explico: 'Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia:
"Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz !"
(Frei Betto)
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Jobim e eu
Depois que o Jobim veio morar na nossa casa, ele nos ensinou muitas coisas, tais como: ter um boxer e um jardim sem buracos é algo que não existe, assim como plantas e vasos inteiros; roer é algo muito legal, mas roer o que é proibido é muito mais excitante; roupas ficam melhores espalhadas pelo pátio do que no varal; não adianta colocar pimenta em cadeiras, mesas, abajures se não para torná-los mais apetitosos; antes de dar um passeio de bicicleta, confira se os pedais e o banco não estão roídos; fazer xixi no chão enquanto brigam com você é uma boa forma de desviar a atenção; e educar um cachorro, digamos assim, não muito inteligente, é algo muito, muito difícil.
Eu nunca tinha visto um cachorro com poder de destruição tão grande. O Bruno fica muito brabo e sempre faz o papel do pai durão que tenta educar; já eu faço o da mãe permissiva que tenta colocar panos quentes. Fico pensando no encantador de cães indo lá em casa, avaliando o comportamento do Jobim e o nosso. Certamente ele nos daria uma lição de moral, segundo ele o problema está sempre dos donos. Porém, esses dias o Jobim passou dos limites: eu estava sentada na mesa, tirei os meus sapatos distraída e, na minha cara, ele o pegou, um pipitu rosa, que foi o meu preferido na última estação.
Quando vi o sapato já estava todo roído, fiquei olhando e foi passando um filmezinho de todas minhas roupas que ele destruiu até então e ai me subiu uma ira. Saí atrás dele gritando "vou te matar, vou te matar” e vi esse cachorro correr como nunca. Ainda bem que não consegui pegá-lo, porque era morte na certa. A medida que fui ficando mais calma, a irritação foi passando, eu até ri da cena. Fico pensando nos vizinhos ouvindo uma louca gritando pelo pátio. Deviam achar que eu estava atrás do Bruno. Que vergonha.
Tenho contado com a colaboração de todos, principalmente das pessoas mais próximas, como as minhas amigas que estão me dando muita força, e ter um cachorro destruindo as minhas roupas não estava nos meus planos. Ele ainda por cima é exigente, prefere as peças mais caras.
Enfim, quando ele era pequeno era tão bonitinho, nunca diria que aquele cãozinho com jeitinho de rejeitado ia me surpreender tanto. Minha mãe me diria: “Quis?! Agora agüenta”. Agüento, mas não dá para devolver, não?
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Aniversário

Fomos na a Farm. A loja estava com uma promoção que fazia mais parecer um tudo por 1,99: eram muitas mulheres, todas desesperadas, a loja estava uma bagunça e tinha uma fila enorme no provador. Achei horrível, achei todas umas descontroladas, me senti melhor que elas e quase desisti e fui embora, num ato budístico de desapego. Mas eu ainda não estou tão evoluída assim e tinha a desculpa do presente da Lu para comprar. Comecei a olhar tudo muito calma, estava tranqüila, separando umas roupas e, quando menos esperava, um shortinho que eu tinha separado foi-me surrupiado por uma outra cliente na cara dura. Daí pensei: “isso é uma guerra!”. Eu acabei entrando na guerra, fiquei tão distraída que uma coisa que era para ser feita entre eu e meu namorado na boa virou uma verdadeira jornada em busca das melhores peças. Quando vi, o Bruno dormia no sofá e eu já estava com a metade da loja para experimentar. Que desespero, me rendi e fui para o provador, experimentei, experimentei e à medida que ia gostando das peças a situação ia se complicando, afinal eu ia ganhar somente uma. Depois de meia hora, saí do provador com uma cara de cachorro sem dono dizendo para o Bruno que queria duas peças de roupa, o vestido e o casaquinho... Ele logo cortou o meu barato e disse que teria que escolher somente uma. Quase chorei, fiquei mal, irritada com ele porque, afinal de contas, era meu aniversário e ele teria que fazer as minhas vontades. Acabei escolhendo o vestido. Entreguei para ele muito mal humorada e ambos fomos para o caixa, ele para pagar o meu presente e eu para pagar o presente da minha amiga.
Eu sou uma pessoa que quando quer uma coisa realmente faz de tudo para conseguir. Agindo de uma forma totalmente emocional, coloquei o casaquinho junto com o presente que eu daria à minha amiga e pedi que fosse colocado em pacotes de presentes separados. É, eu estava quebrando a minha promessa, sucumbindo ao meu desejo e ao meu descontrole. Logo que saí da loja me dei conta do que tinha feito. Fui acometida por um sentimento enorme de culpa, fiquei mal, briguei com o Bruno e estraguei a nossa noite romântica. Sabia que teria que reparar meu erro, porque voltar atrás já não dava mais, então resolvi que daria o casaquinho de presente a uma amiga que eu estava devendo um presente, assim arrumaria a situação. Mas o mais difícil ainda tinha de feito, cumprir com o que eu prometi no primeiro post: ser sincera sempre.
Por isso estou aqui narrando o meu louco comportamento. Deixando margem para me julgarem. Com isso tudo vi o quanto é difícil controlar o meu desejo, a minha vontade, o quanto é difícil dizer não a mim mesma, impor os meus limites. Penso que eu estava indo muito bem e que não precisava me colocar naquela situação, mas tendo me colocado acabei me descobrindo um pouco mais.
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Ninguém merece
Devem estar me sacaneando, mandar um email de liquidação de uma das minhas marcas preferidas dizendo que está TUDO com 50 % de desconto (coisa inédita, por que até então era sempre 40%), um dia antes do meu aniversário. Só pode ser sacanagem.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Borboleta
terça-feira, 25 de maio de 2010
Um quadro no quarto
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Balanço da semana
Essa semana fui ao shopping ver Alice, que por sinal tem um figurino lindo, de enlouquecer. Quando saí do cinema, em nenhum momento sofri ao olhar uma vitrine, e quando fui embora me senti realizada. O que me deu forças para que eu me sentisse assim? Foi ter criado esse blog: ele realmente me deu um horizonte, não só para provar a mim que consigo, mas porque a cada dia me descubro nele de uma forma diferente.
Não esperava ter uma resposta tão positiva das pessoas que estão lendo. Algumas postam seus comentários, mas muitas vêm por MSN, email, facebook ou até pessoalmente parabenizar a minha iniciativa. Isso me realiza, é muito bom saber que algo que eu, Victória, produzo tem relevância para as pessoas. A gratificação que tenho agora nenhuma roupa poderia proporcionar e isso realmente não tem preço, não mesmo. Com isso, ou por isso, começo a entender melhor, só um pouquinho melhor, o bom de encontrar a satisfação em você e não naquilo que você deseja. Pode parecer até meio batido esse tipo de reflexão, mas nesse momento é muito sincero. E isso faz toda diferença.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
verdade
Outro dia estava vendo um filme tipo B e tinha um alcoólatra que tentava se curar do vício; para isso, um dos passos era pedir desculpas às pessoas a quem havia feito mal. Daí refleti, me inspirei no filme, respirei fundo e fui conversar com o Bruno: precisava contar a ele que desde que moramos juntos compro umas roupinhas escondidas. Que por diversas vezes escondi uma sacolinha dentro da bolsa, no banco de trás do carro, no porta-malas, ou às vezes até fazia uma entrada rápida e rasteira em casa para esconder a prova do crime. Enfim, fiz mil artimanhas das quais não me orgulho nem um pouco.
terça-feira, 11 de maio de 2010
Opinião de amiga
Falando muito rápido você diz:
- Gurias, tive uma superideia: percebi que estou fazendo tudo errado, preciso parar com esse consumismo por roupa; então decidi fazer uma promessa e ficar um ano sem comprar nada! Mas para isso dar certo preciso de testemunhas, então decidi narrar toda essa jornada num blog.
O que você espera? Uma reação sincera:
- Ai Vicky, olha pra ti (to olhando), tu acha mesmo que tu consegues ficar um ano sem comprar roupa? (Tá, na verdade não esperava tanta sinceridade assim.)
- Acho, acho sim, acho mesmo, acho muito. Na verdade não acho, tenho certeza.
Bom, mas o melhor é que amiga que é amiga tem liberdade de falar o que pensa e eu fico muito feliz que as minhas tenham essa liberdade. E não acho que elas não acreditam em mim, mas querem saber até onde estou comprometida. Fazem o papel de advogadas do diabo e eu agradeço muito.
Acabo me convencendo a cada momento que a ideia é boa e vou criando mais vontade de me superar, de superar as expectativas, não pelos outros, mas para provar a mim mesma que consigo fazer qualquer coisa que eu me proponha. Sei que ainda é muito cedo para falar nisso, afinal estou só há dois dias sem comprar roupa. No domingo, fui no shopping fazer as compras de despedida com a minha amiga Tita e comprei duas blusas, um blusão, uma saia e um sapato. Nada que eu precisasse, é claro, mas era despedida né?!
segunda-feira, 10 de maio de 2010
O Desafio

Moro com o Bruno, meu namorado, que ao contrário de mim não esta nem aí para o que usa, gosta das camisetas mais velhas e desbotadas que você pode imaginar e, mesmo eu colocando algumas bem feias lá no fundo do armário, bem escondidinhas, ele sempre dá um jeito de encontrar. Ele odeia comprar roupa. Deve ser por isso que foi perdendo espaço do seu guarda-roupa, e eu ocupei 3 das 6 portas que ele tem no armário. Bom, até aí tudo bem normal, se eu já não tivesse o meu próprio armário todo ocupado, além de uma arara de vestidos jogada no meio do quarto e mais um closet cheinho de roupa. Nossa, colocando em números sou obrigada a concordar com ele, eu tenho muita roupa mesmo. É por esse motivo que decidi entrar nessa abstinência e provar que eu não sou viciada em compras. Ainda.
O fato decisivo para esse desafio foi uma reportagem no Jornal Hoje, em que me encaixo perfeitamente no perfil das pessoas compulsivas por compras. Vi que existem até grupos de ajuda para essas pessoas. Graças a Deus, no meu caso, eu ainda tenho um pouco de autocontrole (lê-se: um cartão de crédito com limite baixo). Para garantir que consigo ficar 365 dias sem fazer nenhuma comprinha, resolvi fazer uma promessa muito importante, para não ter perigo de cair em tentação. A promessa eu vou contar ao final dos benditos 365 dias.
Também coloquei no papel uma média do que gasto com roupa por mês vs. o meu salário, e entendi perfeitamente por que eu sempre estou reclamando que não tenho dinheiro. Descobri que mesmo me achando uma ótima administradora, administrei muito mal o meu dinheiro. Vou dar um exemplo: eu sonho em ir para Paris, eu poderia ter feito essa viagem, na verdade poderia ter feito várias viagens, ou talvez economizado, ou ainda gasto mais com a minha casa e por aí vai, mas resolvi gastar tudo no shopping. Okei, okei, okei, também não adianta ficar chorando pela pitanga derramada, o que importa é daqui para frente. E depois disso, em um ano eu posso estar curada ou, no mínimo, um pouquinho mais controlada.
Decidi então compartilhar essa experiência com todas as pessoas que se identifiquem, ou não, que talvez fiquem curiosas ou achem pelo menos engraçado.
Dou a minha palavra que serei sincera e honesta com todos que aqui me lêem.